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A Maritaca comemora 20 anos de produção de música instrumental em São Paulo

Colaborando com a RAIZ

A Maritaca é um selo de música instrumental brasileira, que desde 1997 lançou mais de 50 títulos em seu catálogo. Uma das raras gravadoras especializada em música tocada, realizando desde seus primórdios um trabalho de qualidade com os grandes instrumentistas do país. Na sua evolução acrescenta o canto em seus lançamentos, iniciando com compositor e violonista Theo de Barros, ícone da música brasileira, membro de uma dos mais famosos conjuntos instrumentais, o Quarteto Novo, com Heraldo do Monte, Airto Moreira e Hermeto Pascoal, todos monstros sagrados da música.

E grandes músicos já gravaram na Maritaca, sempre com plena liberdade artística, como Arismar do Espírito Santo, Amilton Godoy (do Zimbo Trio), Laércio de Freitas, Bocato, Mozar Terra, Teco Cardoso, Banda Mantiqueira, Trio Corrente (vencedor de dois Grammys Awards), Silvia Goes, Zéli, Nenê, Theo de Barros, Benedito Lacerda, entre outros.

 

 

A história da Maritaca começou quando Léa Freire uniu suas duas habilidades: musicista e administradora de empresas. Ela trabalhou durante 11 anos como diretora financeira e gerente de informática no mundo empresarial. O primeiro trabalho lançado foi de sua autoria, o CD “Ninhal” de 1998, que trazia participações de Joyce, Filó Machado e Banda Mantiqueira. Léa conta como surgiu o nome do selo: “Uma maritaca caiu no meu quintal justamente quando eu planejava abrir um selo para música instrumental. Ela ficou em casa por uns quinze dias, numa gaiola aberta na cozinha, vinha na cabeça da gente e adorava comer na colher. Um dia, foi embora numa revoada, meio gordinha eu acho”.

Depois de “Ninhal”, o selo começou a produzir outros trabalhos. Um da pianista Silvia Góes, chamado “Piano à Brasileira”, e outro do francês radicado no Brasil, Tibô Delor, com o álbum “No Tom da História”, interpretando músicas de Tom Jobim no seu contrabaixo. Ambos foram lançados em 2001. No mesmo ano ainda o selo trabalhou o lançamento do CD “Caderno de Composição”, do pianista Mozar Terra e colocou em prática outra idéia própria de bons músicos. E a história da Maritaca nunca mais parou.

Léa Freire é o motor que criou e faz a gravadora andar. Ainda na adolescência foi a quarta matrícula da famosa escola de música CLAM, dos integrantes do Zimbo Trio. De família musical, foi crescendo e tocando sempre com grandes nomes por perto. Foi estudar fora do país, mas antes disso, foi parar no Jogral, boate que abrigava a nata da música brasileira em São Paulo.

Embarcou para os Estados Unidos com destino à Berklee College of Music. “Fui para ficar quatro anos e fiquei duas semanas lá. Não gostei.” Determinada, seguiu para Nova York e permaneceu um ano e meio na metrópole. “Foi muito bom. Conheci o Guilherme Vergueiro e gravamos parte de seu primeiro disco lá, chamado “Naturalmente”. A atuante Léa Freire nunca parou, atuamente é integrante do Quinteto Vento em Madeira, além de desenvolver trabalho autoral com o pianista Amilton Godoy e com Arismar do Espírito Santo.

 

Foto Divulgação de Anita Kalikies, Léa Freire (segurando seu cachorro) com alguns dos músicos que tocaram no Auditório Ibirapuera no show comemorativo dos 20 anos do Selo.

 

Para celebrar os 20 anos dedicados ao cenário instrumental brasileiro, a Maritaca realizou um grande show reunindo diversos nomes expressivos da música no Auditório Ibirapuera, no dia 20 de outubro de 2017.

Participaram desta comemoração, Amilton Godoy, Arismar do Espírito Santo, Filó Machado, Felipe Senna, Silvia Goes (primeira artista produzida pelo selo), o quinteto Vento em Madeira com participação especial de Mônica Salmaso, o recém formado grupo Câmaranóva (dica de vôos futuros programados na Maritaca), Edu Ribeiro, Thibault Delor, Teco Cardoso e Tiago Costa, Fernando Demarco, participação especial de Cibele Codonho, além da anfitriã da festa, Léa Freire.

O experiente time apresentou ao público uma caprichada seleção extraída dos álbuns produzidos pela Maritaca, desde lançamentos até os trabalhos desta longa trajetória. A direção artística do show é do maestro Felipe Senna.

Entre os últimos discos lançados pelo Selo Maritaca, em 2017: “A Mil Tons”, dueto piano e flauta de Amilton Godoy e Léa Freire com composições do pianista, “Arraial”, terceiro disco do Vento em Madeira, “Flor de Sal”, sétimo disco na carreira do compositor e multi-instrumentista, Arismar do Espírito Santo, “Na Calada do Dia”, do baterista e compositor Edu Ribeiro (também Trio Corrente) e “Troubadour” do contrabaixista francês, estabelecido no Brasil, Thibault Delor.

A música instrumental brasileira contemporânea é muito rica, há uma efervescência de grupos e músicos admiráveis, assim como o surgimento constante de talentos. A Maritaca visa estimular a formação e o conhecimento do público para apreciação deste gênero musical de linguagem universal e necessário, que pede do ouvinte atenção e entrega na audição.

 

   

 

Conheça mais do Selo Maritaca em:

www.maritaca.art.br

 

Colaborando com a RAIZ