Líquidas e Cíclicas
Estado físico da natureza: água, ar, terra e fogo. Estado da natureza no mundo moderno: simbiose e mutação. Desde a sua origem , o homem foi se relacionando com os elementos da natureza à sua maneira: construindo, destruindo, transformando e conhecendo. Hoje, os quatro elementos nos remete a um cenário de exuberância e força, com novas formas e novas cores, mantendo em sua gênese a simplicidade e a sabedoria da natureza, com sua prodigiosa capacidade de perpetuação. O que prevalece? A fluidez disforme criada pelo homem que liquefaz as fronteiras geográficas, religiosas, raciais e ideológicas em mudanças rápidas, constantes e permanentes.
Esta Mostra Fotográfica LÍQUIDAS E CÍCLICAS tenta refletir um pouco este cenário liquefeito da modernidade, um ambiente fértil para o derretimento dos sólidos e a profanação dos sagrados, como dizia Marx (Manifesto Comunista), tudo isso para reter na consciência e na memória o valor da durabilidade num indivíduo sem vínculos, solto no mundo, cujo lugar é nele mesmo. Mas a natureza mantém o comando de seu destino apontando os caminhos a seguir . Em sua ciência, mostra ao próprio homem a necessidade de recompor a sua utopia para mudar o estado das coisas, só assim retornará à origem da coexistência equilibrada, possibilitando a contemplação da estética e a transparência lúcida das águas.
“A arte é a contemplação; é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que a natureza também tem alma”. (Auguste Rodin)
Texto: Miriam Saíki
MOSTRA LÍQUIDAS E CÍCLICAS
por Antônio J Scarpinetti
Antônio J Scarpinetti – jornalista e fotógrafo na Assessoria de Imprensa e Comunicação da Unicamp
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