Museu Nacional reabre suas portas no RJ
“Entre Gigantes: Uma experiência no Museu Nacional” na reabertura do museu que celebra 207 anos de vida.
Pela primeira vez após o incêndio, o público poderá acessar temporariamente três ambientes internos do palácio, reencontrar o meteorito Bendegó, visitar o esqueleto de um cachalote, e ver de perto o avanço das ações de restauro.
A programação especial de visitas fica em cartaz até 31 de agosto e os ingressos gratuitos já estão disponíveis.
O Museu Nacional/UFRJ e os parceiros do Projeto Museu Nacional Vive (cooperação técnica entre a UFRJ, A UNESCO e o Instituto Cultural Vale) apresentam a programação especial “Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional”.
A iniciativa convida o público a acessar temporariamente – pela primeira vez após o incêndio de 2018 – três ambientes internos da sede do Museu, o Paço de São Cristóvão, que está em obras. De 2 de julho a 31 de agosto, os visitantes vão apreciar os avanços no restauro do palácio; reencontrar um acervo icônico, o meteorito Bendegó; e conhecer uma conquista recente da instituição: o esqueleto de um cachalote, com 15,7 metros de comprimento, afixada na nova claraboia do edifício.

“Esta é uma programação que evidencia a resiliência dos trabalhadores do Museu, a excelência das ações de restauro que estão em andamento e, claro, a relevância científica dos nossos acervos para ampliação do acesso ao conhecimento. É um momento histórico: poder, mesmo que por pouco tempo, abrir uma pequena parte do palácio para visitação! Toda a sociedade está convidada a participar dessa nova fase do Museu!”, afirma Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional/UFRJ.
A experiência sugere uma trilha que articula natureza, patrimônio e arte. O Bendegó – um gigante com mais de cinco toneladas – e outros exemplares da coleção de meteorítica são o ponto de partida. Neste primeiro momento, o visitante encontrará ainda obras de Gustavo Caboco, artista visual wapichana, que ressignificou o meteorito para produzir uma série de trabalhos artísticos em conjunto com sua família.
Já no pátio da escadaria monumental, a observação do cachalote é resultado de um trabalho especializado de restauro e preparação do material biológico que durou cerca de dois meses, e envolveu procedimentos como consolidação óssea, pintura e até reposição de algumas estruturas esqueléticas do cetáceo. Além do içamento e da afixação de peças, que somam cerca de três toneladas. O Museu está lançando uma campanha para que a população dê um nome ao cachalote, o maior da América do Sul a ser exibido.
A terceira e última sala é dedicada à história do Museu e à reconstrução do palácio, destacando aspectos arquitetônicos e de restauro, expondo acervos originais como duas esculturas de mármore de Carrara; originais e réplicas de ornamentos artísticos; e uma série de imagens sobre o cotidiano do trabalho na obra.

STATUS DA RECONSTRUÇÃO DO MUSEU NACIONAL/UFRJ
CONCLUÍDOS
Fachadas e coberturas dos blocos 1, 2 e 3 restauradas
80% dos telhados do Paço estão refeitos
75% das fachadas de todo o palácio restauradas
Claraboia sobre a escadaria monumental de mármore instalada
Esculturas centenárias de mármore de Carrara restauradas. Réplicas já instaladas no coroamento do palácio.
Centenas de réplicas de ornamentos artísticos e históricos produzidas
Projetos técnicos de arquitetura e complementares concluídos. Entre eles: Arquitetura e Restauro do palácio e seu prédio anexo; e recuperação dos jardins históricos. Estão em desenvolvimento os projetos de Museografia, Comunicação Visual e Acessibilidade Universal.
EM ANDAMENTO
Reforma e ampliação do prédio Alípio de Miranda Ribeiro (anexo ao palácio)
Reforço estrutural de vãos e consolidação de alvenarias nos blocos 2 e 3
Execução de lajes nos blocos 2 e 3
Instalação de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) e captação de águas pluviais
ORÇAMENTO
O orçamento do Projeto Museu Nacional Vive é de 516,8 milhões de reais (sem considerar recomposição do acervo). Deste total, foram captados R$ 347,2 milhões (67% da meta), de acordo com o quadro abaixo. Resta captar: R$ 169,6 milhões (33% da meta).

RECURSOS (R$)
GOVERNO FEDERAL
BNDES – 100 milhões
Emendas parlamentares – 56,4 milhões
Ministério da Educação (MEC) – 44,3 milhões
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – 20 milhões
SETOR PRIVADO
Vale – 50,5 milhões
Bradesco – 50 milhões
Itaú – 10 milhões
Eletrobras – 5 milhões
Cosan – 7,3 milhões
OUTROS
IRB – 200 mil
Doações de pessoas físicas – 68 mil
Rendimentos financeiros – 3,5 milhões

SOBRE O PROJETO MUSEU NACIONAL VIVE
O Projeto Museu Nacional Vive é resultado de uma cooperação técnica entre a UFRJ, a UNESCO e o Instituto Cultural Vale. Conta com apoio financeiro do BNDES, patrocínio platina do Bradesco e da Vale; patrocínio prata do Itaú; patrocínio bronze da Eletrobras e da Cosan; apoio da Rede Itaú, do Ministério da Educação (MEC), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Congresso Nacional e Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Saiba mais no site do Projeto: https://www.museunacionalvive.org.br/
SERVIÇO
As visitas ao Museu acontecerão de terça a domingo, de 2 de julho a 31 de agosto, de forma gratuita, por meio de agendamento e retirada de ingressos na plataforma Sympla através deste link (clique aqui).
