YALODÊ YÁ OMI ÌWÓ
Exposição fotográfica de OXUM na NAÇÃO XAMBÁ por Paulinho Filizola.
Em 2024 o fotógrafo Paulinho Filizola, filho de santo do terreiro Ilê Axé Oyá Meguê, Nação Xambá, iniciado para Oxum, celebra 22 anos do seu ofício de documentalista deste terreiro e desta tradição religiosa em Pernambuco.
Diversos autores apontam o povo Xambá ou Tchambá, como povos que habitavam a região ao norte dos Ashanti e limites da Nigéria com Camarões, nos montes Adamaua, vale do rio Benué. Existem várias famílias com esse nome, nos Camarões, tendo inclusive participado nas lutas pela independência daquele país.
Em fevereiro de 1928, Maria Oyá começa a cultuar os Orixás, na Rua do Limão, em Campo Grande, tendo Artur Rosendo como Babalorixá e Iracema (Cema), como Yalorixá, inaugurando seu terreiro Ilê Axé Oyá Meguê em 7 de junho de 1930.
O Terreiro do Portão do Gelo, em Olinda, mantém-se há mais 90 anos (completados em 2020), vivo e atuante, preservando seus ritos e tradições religiosas, que se distinguem das casas de tradição Nagô do Recife. Após o falecimento do Babalorixá Arthur Rozendo em 1950, a maioria das Casas Xambá de Pernambuco fundiram-se com as da Nação Nagô, excetuando-se a fundada por Maria Oyá, o axé de Oyá Dopé.
Paulinho Filizola
É fotógrafo e documentarista, com diversas exposições próprias e coletivas.
Retratista oficial do @terreiroxamba. Filho de Oxum com Xangô. Há meio século fotografando a vida, há 22 anos retratista de terreiros.
Paulinho Filizola começou a fotografar aos 17 anos no curso da CIFIRNE, do fotógrafo e cineasta Firmo Neto, que introduziu o cinema sonoro em Pernambuco.
Amante da cultura popular, Paulinho adentrou neste universo e vem registrando, desde 2005, Afoxés, Cocos, Maracatus, Caboclinhos, terreiros de Candomblé e de Jurema e outras manifestações artísticas.
É fotógrafo do Terreiro Xambá e também com o Grupo Bongar e o Centro Cultural Grupo Bongar, que é derivado artístico Xambá.
Em suas fotos, Paulinho imprime sua sensibilidade e transmite a emoção e a vibração dos personagens fotografados em dias de toques religiosos no Terreiro Xambá do Quilombo do Portão do Gelo.
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