Espetáculo “Capiba, pelas ruas eu vou”, volta aos palcos no Recife
Musical que conta a rica trajetória do compositor Lourenço da Fonseca Barbosa, mais conhecido como Capiba, considerado o maior compositor de frevo em Pernambuco. Mas o espetáculo vai além e traz suas muitas outras facetas musicais em sintonia com a valorização da cultura do estado.
O espetáculo “Capiba, pelas ruas eu vou“, do projeto Aria Social, volta aos palcos recifenses no Teatro RioMar, no Pina, zona sul do Recife. A nova temporada do musical, que conta a história do compositor pernambucano Lourenço da Fonseca Barbosa (1933-1997) e já foi visto por mais de 10 mil espectadores desde 2022, segue com apresentações no Teatro de Santa Isabel de 20 a 24 de março. Em abril, estará em cartaz no Teatro do Parque. Até julho, o público poderá escolher entre 14 sessões já confirmadas nesses três teatros recifenses.
Em cena, 45 bailarinos-cantores do Aria Social e 19 músicos apresentam a história de Capiba num espetáculo vibrante e envolvente, que une música, dança, canto, teatro, fotografia e cinema. “Capiba é o maior compositor de frevos pernambucanos, mas sua obra vai muito além desse ritmo, com valsas, choros, maracatus, sambas, marchas e música erudita, chegando a mais de 200 composições, entre elas a ópera ‘Missa armorial’, uma obra-prima. É isso que mostramos no espetáculo: a multiplicidade e a riqueza do legado de Capiba”, lembra a bailarina Cecília Brennand, presidente do Aria Social e diretora-geral do musical. A direção musical e a regência do espetáculo são da maestrina Rosemary Oliveira, vice-presidente do Aria Social, e a concepção, direção artística e coreografia são de Ana Emília Freire.
Concebido a muitas mãos, com o objetivo de valorizar a rica e plural cultura pernambucana, “Capiba, pelas ruas eu vou” estreou em 13 de outubro de 2022 e marcou os 30 anos do Aria Social. O projeto atende mais de 400 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, transformando vidas por meio da arte, com aulas de dança e música no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, zona sul da Região Metropolitana do Recife.
Quem é Capiba?
(fonte Wikipedia)
Capiba escreveu mais de 200 canções, em sua maioria de frevo, mas também samba, guarânia e música erudita. Várias são sempre lembradas nos carnavais de Pernambuco.
Capiba nasceu em uma família de músicos (Severino Atanásio, seu pai, foi maestro da banda municipal de Surubim, e aos oito anos de idade já tocava trompa. Seu pai se chamava Severino Atanásio de Souza Barbosa e sua mãe, Maria Digna da Fonseca Barbosa. Ainda pequeno, mudou-se com a família para o estado da Paraíba. Lá, ainda criança, trabalhava como músico pianista em cinemas. Casou civilmente em 24 de fevereiro de 1961 com dona Maria José Barbosa (12 de outubro de 1931) com quem já estava casado no religioso (cerimônia realizada na Matriz do Espinheiro).
Chegou a jogar como zagueiro no Campinense Clube, porém abandonou os gramados e aos 20 anos de idade gravou seu primeiro disco com a valsa “Meu Destino”.
Era torcedor declarado do Santa Cruz. Compôs em 1948 o frevo-canção “O Mais Querido” em homenagem ao seu time do coração, que mais tarde viria a se tornar o hino do clube.
Com 26 anos de idade, mudou-se para o Recife. Aprovado em concurso, tornou-se funcionário do Banco do Brasil, o que lhe rendeu sustento financeiro e lhe deu tempo para se aprimorar como músico.
1934: consolidou-se como autor, vencendo uma disputa de músicas carnavalescas, com o frevo-canção É de amargar, uma de suas obras mais conhecidas.
1938: terminou o curso de Direito da Faculdade de Direito do Recife, mas nunca apanharia o diploma e nunca seguiu carreira.
1945: teve seu primeiro sucesso nacional com a valsa-canção Maria Betânia, gravada por Nelson Gonçalves.
1950: fundou a Jazz Band Acadêmica e, com Hermeto Pascoal e Sivuca, fundou o trio “O Mundo Pegando Fogo”.
Faleceu em 31 de dezembro de 1997, de infecção generalizada, depois de passar dez dias na UTI.
Durante uma hora os frevos dos anos 30, as valsas apaixonadas, os sambas, maracatus, ciranda, marchas e ópera são alinhavados em exibições de dança, teatro e música ao vivo – incluindo uma orquestra de câmara -, entrelaçadas por projeções de cinema e fotografias que fazem o público imergir no espetáculo. Seguindo o princípio do Aria Social, de educação pela arte, parte das sessões marcadas são exclusivas para escolas públicas.
O espetáculo também terá apresentações agendadas em São Paulo no mês de julho. “Capiba, pelas ruas eu vou” tem figurino de Beth Gaudêncio; direção audiovisual e videografia de Max Levoy; design de luz e operação de Cleison Ramos; design de som e operação de Isabel Brito; e projeção de Gabriel Furtado. Os ingressos custam a partir de R$ 25,00.
TEMPORADA 2024:
- Teatro RioMar – 14/03/2024 – 20h
- Teatro de Santa Isabel
21/03/2024 – 16h (escola) e 19h30
22/03/2024 – 19h30
23/03/2024 – 19h
24/03/2024 – 17h - Teatro do Parque
20/04/2024 – 19h
21/04/2024 – 17h - Teatro RioMar – 06/06/2024 – 20h
- Teatro de Santa Isabel
13/06/2024 – 19h30
14/06/2024 – 19h30
15/06/2024 – 19h
16/06/2024 – 17h - Teatro RioMar – 04/07/2024 – 20h