Sítio de Pai Adão, o Ilê Obá Ogunté completa 150 anos em 2025
O Centro Cultural Afro Sítio Pai Adão, ou terreiro Obá Ogunté fica na zona norte do Recife, possui um conjunto de construções e de espaços sagrados para os orixás, seguindo o modelo litúrgico Nagô.
Estima-se que o Sítio do Pai Adão tenha sido fundado por nigerianos em 1875, mas o local não entrega a idade, pois continua vivo e ativo. Sua importância se traduz, por exemplo, por ser o segundo terreiro do país tombado como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan (Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) no ano de 1985.
Neste caderno de debates, “Ilê Obá Ogunté – Seita africana Obá Omi (1875 – 2025), 150 anos do Nagô em Recife”, vamos celebrar essa história de vida com a homenagem de quem vivenciou de perto grande parte do percurso atual do terreiro, o escritor e antropólogo Raul Lody.
Raul além de narrar o percurso histórico, fundamenta toda a estrutura religiosa que o sítio guarda e representa, permitindo um mergulho profundo no universo de Pai Adão.
“Nesse amplo conjunto de espaços sagrados, destaca-se a fitolatria como outro significativo momento religioso do culto aos orixás. Aí se vê a gameleira ou o pé de Iroko”, descreve Raul sobre a árvore sagrada do sítio, hoje não mais existente, cuja história merece um capítulo à parte.
Com as fotos de Jorge Sabino para emoldurar o texto de Lody, que pela sua escrita permite uma visualização tridimensional do significado e da realidade do Sítio de Pai Adão.

“O espaço público – salão – barracão de festas, obedece ao rigor da arquitetura original, o mesmo acontecendo com os compartimentos germinados ao barracão, como a cozinha, a sala de visita e quartos. Também, há a capela, aos moldes católicos, e o peji, o local mais sagrado dos compartimentos, completam o conjunto de habitações do terreiro. Algumas casas de taipa existem afastadas do núcleo religioso, são moradias das pessoas do próprio terreiro”.
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