Audiovisual brasileiro movimenta o maior festival cultural do Espírito Santo
Produções nacionais, como “Desesquecer”, que recria a história do amor entre mulheres negras no fim do século XIX, compõem a programação.
O maior evento multicultural do Espírito Santo: o Festival Movimento Cidade acontece entre os dias 15 e 16 de agosto. Dezesseis produções audiovisuais serão exibidas gratuitamente em duas Mostras que acontecem no evento. Serão curtas-metragens, filmes e documentários para o público assistir em um telão gigante de 15×8 metros montado no Parque da Prainha, em Vila Velha.
O maior número de produções estará na Mostra Cinética, que acontece no sábado, dia 16. Estão na lista: Babilônia (2022), Batalha de Flores (2024), Basquete das Excluídas (2025), Cabeça de Cabaças (2024), Chama (2024), Como Matar para Viver (2025), Desesquecer (2025), Do Barroco ao Barroco (2024), João Bananeira – Gastação Infinita (2025), Mov Kae (2024) e Pavilhão (2025).
É uma oportunidade para o público mergulhar em histórias como de “Desesquecer”, que recria o amor entre mulheres negras no fim do século XIX. Da artista visual de Salvador, na Bahia, Mayara Ferrão, o filme traz luz para o apagão dos livros e dos documentos sobre a relação de afeto real que existiu naquela época. Já “Pavilhão”, da diretora de cinema Victoria Fiore, conta a vida de Aleksia, jovem que explora a história do samba na favela onde vive, no Rio de Janeiro. Na Escola Paraíso do Tuiuti, ela descobre raízes espirituais, herança e resistência cultural.

Para quem espera assistir a uma produção capixaba, a dica é o minidocumentário “Como Matar para Viver”, de Matheus Barreto de Souza. Em diálogo com a cultura da pesca artesanal do território de Nova Almeida, no município da Serra, no Espírito Santo, a marisqueira Gilcélia Barreto conta seu envolvimento com as águas do Rio Reis Magos e a captura dos mariscos. Um mergulho em tradições culturais e religiosas, que estão diretamente ligadas à atividade econômica da região.
Já a Mostra Memórias que Movem, com exibição nos dois dias de Festival, 15 e 16 de agosto, reúne cinco curtas-metragens que resgatam culturas e tradições da ancestralidade brasileira, tratando de memória e de pertencimento de forma criativa e lúdica. Os conteúdos selecionados foram: Bumba meu Boto (2025), Cana Queimada de Desejos (2025), Encantados (2025), Canto das Areias (2024) e GaVi: A Voz do Barro (2021).

Dia extra com videoclipes
No dia 17 de agosto, o Movimento Cidade apresenta um novo formato de evento: o +MC, criado como um “dia extra” de celebração cultural após o Festival Movimento Cidade, também no Parque da Prainha. Será um dia de experiências, que contará com atrações musicais, instalações artísticas e mais um circuito de exibição de conteúdos audiovisuais. Nele vai acontecer a Mostra CLIP (abreviação de Cultura, Linguagem, Imagem e Performance), que reúne videoclipes que traduzem, com força estética e poética, as pulsações sonoras e visuais das ruas, misturando o popular ao contemporâneo e o íntimo ao coletivo.
O público poderá assistir: Bagaceira – Dona Odete (2023), Esperança – Criolo, Dino D’Santiago e Amoro Freitas (2024), Fênix – Cátia de França (2024), Flor de Laranjeira – Ada Koffi (2025), Ganância – Chaoss (2024), La Noche / Inofensiva / Jejum – Yago O Próprio (2024), Nem todo Ouro – Dan Abranches (2024), Pelejei – Marina Sena (2023) e Sinestesia – Caju (2025).

Serviço
Festival Movimento Cidade 2025 | Parque da Prainha| Vila Velha (ES)
Gratuito, mediante entrega de 1kg de alimento não perecível | +18
Mostra Cinética – Mostra competitiva com 11 filmes nacionais – Exibição: 16 de agosto | Sábado | Sessões das 14h às 23h
Mostra Memórias que Movem – Curtas-metragens nacionais convidados – Exibição: 15 e 16 de agosto | Sexta e Sábado |Sexta – Sessões das 17h às 23h | Sábado |Sessões das 14h às 23h
+MC | Ingressos via Sympla (link) | +18 | Parque da Prainha Vila Velha, ES
Mostra CLIP | Cultura, Linguagem, Imagem e Performance – Videoclipes convidados
Exibição: 17 de agosto | Domingo | Sessões das 14h às 22h
