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Imagens do Aleijadinho no Masp em SP

Colaborando com a RAIZ

“Imagens do Aleijadinho” é uma das exposições mais importantes do ano. Fica no MASP na capital São Paulo de 10 de março a 10 de junho de 2018. A mostra apresenta cerca de 50 obras, que incluem esculturas devocionais de Aleijadinho, além de mapas, gravuras, fotografias, pinturas e esculturas de viajantes e outros aristas, que contribuem para a compreensão do contexto e da influência do artífice mineiro na história da arte brasileira.

A obra de Aleijadinho é um importante testemunho dos hábitos religiosos e culturais da sociedade mineira durante o período colonial, incluindo a religiosidade popular e as separações raciais em torno das diferentes irmandades e ordens terceiras. A exposição tem seu foco no acervo de esculturas devocionais produzido por Aleijadinho e sua oficina e reúne imagens atribuídas ao artífice mineiro e executadas em diferentes etapas de sua produção, incluindo obras pertencentes a museus públicos brasileiros, igrejas barrocas mineiras e coleções particulares.

O MASP inaugura o ciclo de 2018, dedicado às histórias afro-atlânticas, com as exposições de Aleijadinho e Maria Auxiliadora, no dia 10 de março. “Imagens do Aleijadinho” apresenta a obra de Antônio Francisco Lisboa (1738-1814), uma das principais referências da arte sacra, do barroco e do rococó no Brasil, ativo em Minas Gerais de meados do século 18 ao início do século 19. 

 

(Escultura de Aleijadinho em Congonhas/MG – Acervo Raiz)

 

À ocasião da exposição, o MASP publica um catálogo com reprodução das obras expostas, imagens de obras arquitetônicas monumentais de Aleijadinho e textos de Carlos Eduardo Riccioppo, Angelo Oswaldo de Araujo Santos, Fabio Magalhães, Ricardo Giannetti e Rodrigo Moura, que analisam diferentes aspectos da sua produção. Além dos estudos inéditos, serão republicados textos de Mariano Carneiro da Cunha, sobre a presença africana na obra do artista, Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira, sobre o conjunto das esculturas dos Passos de Congonhas, e o clássico ensaio de Mário de Andrade de 1928, em que o poeta e crítico paulista aponta para o caráter mestiço e singular de sua obra.

Coincidindo com o 130º aniversário da chamada Lei Áurea, uma das últimas leis do Império Brasileiro, que aboliu oficialmente a escravidão no país, “Imagens do Aleijadinho” acontece no contexto do ano de exposições, atividades e publicações em torno das chamadas “histórias afro-atlânticas”, histórias que unem a África às Américas.

Saiba mais: MASP https://goo.gl/YshAXa

 

 

Aleijadinho era Antônio Francisco Lisboa, nascido em Ouro Preto, em 29 de agosto de 1730 ou, mais provavelmente, 1738 e falecido na mesma Ouro Preto, 18 de novembro de 1814) foi um importante escultor, entalhador e arquiteto do Brasil colonial.

Pouco se sabe com certeza sobre sua biografia, que permanece até hoje envolta em cerrado véu de lenda e controvérsia, tornando muito árduo o trabalho de pesquisa sobre ele e ao mesmo tempo transformando-o em uma espécie de herói nacional. A principal fonte documental sobre o Aleijadinho é uma nota biográfica escrita somente cerca de quarenta anos depois de sua morte. Sua trajetória é reconstituída principalmente através das obras que deixou, embora mesmo neste âmbito sua contribuição seja controversa, já que a atribuição da autoria da maior parte das mais de quatrocentas criações que hoje existem associadas ao seu nome foi feita sem qualquer comprovação documental, baseando-se apenas em critérios de semelhança estilística com peças documentadas.

Toda sua obra, entre talha, projetos arquitetônicos, relevos e estatuária, foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas. Os principais monumentos que contém suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Com um estilo relacionado ao Barroco e ao Rococó, é considerado pela crítica brasileira quase em consenso como o maior expoente da arte colonial no Brasil e, ultrapassando as fronteiras brasileiras, para alguns estudiosos estrangeiros é o maior nome do Barroco americano, merecendo um lugar destacado na história da arte do ocidente. (fonte Wikepedia)

 

Suposto retrato póstumo de Aleijadinho realizado por Euclásio Ventura no século XIX – Acervo Raiz

 

Colaborando com a RAIZ