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58° Festival de Brasília do Cinema Brasileiro divulga seleção oficial e programação

Colaborando com a RAIZ

A mostra cinematográfica mais longeva do país ocupará o Cine Brasília entre os dias 12 e 20 de setembro com programação extensa e diversa, além de levar exibições para Planaltina, Gama e Ceilândia. A programação do festival mostra a força do audiovisual brasileiro dado o volume e diversidade dos filmes apresentados.

Esta edição marca também os 60 anos da primeira edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, realizado em 1965 sob a alcunha de Semana do Cinema Brasileiro. Para este novo ano, o festival terá formato ampliado, com nove dias de programação, que incluirá um longa-metragem a mais na seleção da Mostra Competitiva Nacional e outro na Mostra Brasília.

Ao todo serão exibidos 80 filmes, distribuídos em seis mostras, sendo elas: as tradicionais Competitiva Nacional e Mostra Brasília, quatro mostras paralelas (Caleidoscópio, Festival dos Festivais, Coletivas Identidades, História(s) do Cinema Brasileiro), além do Festivalzinho e das sessões especiais. As exibições serão realizadas no Cine Brasília, no Complexo Cultural de Planaltina e nas unidades do Sesc no Gama e em Ceilândia.

Seguindo a tradição do Festival, esta edição também conta com atividades extras como debates, seminários, oficinas, homenagens, solenidades de abertura e de premiação, Ambiente de Mercado e oficinas gratuitas.

Com um total de 1.702 filmes inscritos, dos quais 1.396 curtas e 306 longas, o 58º Festival de Brasília apresenta sete longas-metragens e 12 curtas na Mostra Competitiva Nacional; cinco longas e 11 curtas do 27º Troféu Câmara Legislativa – Mostra Brasília, voltado para as produções do DF; e mais de 30 títulos nas mostras paralelas.

Sob a direção artística de Eduardo Valente, a 58ª edição do Festival de Brasília traz um olhar amplo e complexo sobre não apenas o cinema, mas também a sociedade brasileira em 2025. “Na Mostra Competitiva Nacional temos filmes de 14 estados diferentes da federação, cobrindo todas as cinco regiões do país. Essa amplitude de origens geográficas não foi um pressuposto curatorial, mas essa seleção reforça o objetivo do Festival de Brasília de servir de plataforma para olhares múltiplos e complementares”, disse.

Valente ressalta que os filmes trafegam por tempos históricos bastante distintos. “As obras que serão apresentadas cruzam séculos da história brasileira, indo do nosso passado mais remoto a propostas de possíveis futuros, tentando encontrar os traços fundamentais da nossa formação como nação, chamando a atenção para suas incompletudes, contradições e injustiças.”

Outro destaque desta edição é a equidade de gênero nas posições de direção dos filmes. Múltiplos filmes trazem perspectivas racializadas, por realizadores indígenas e negros de distintos gêneros, que ajudam a dar à seleção, nas telas e por trás das câmeras, uma multiplicidade necessária de pontos de vista.

Os selecionados para as mostras competitivas nacionais serão remunerados com cachê de seleção nos valores de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. Os filmes em mostras paralelas e sessões hors concours também receberão cachê de seleção.

A Mostra Brasília conta com um total de R$ 298.473,77 em prêmios concedidos pelos júris oficial e popular através do 27° Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Na cerimônia de abertura, no dia 12 de setembro, será exibido o novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, O Agente Secreto, protagonizado por Wagner Moura e premiado em duas categorias no Festival de Cannes, na França, e no Festival de Cine de Lima, no Peru.

O Festival de Brasília encerra com exibição do longa-metragem brasiliense A Natureza das Coisas Invisíveis, de Rafaela Camelo. Com trajetória internacional, o filme já passou por importantes eventos, como o Festival de Berlim, e acumulou prêmios, como o de Melhor Filme do Júri Infantil no 43º Festival Internacional de Cinema do Uruguai.

O Festival é uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com o Instituto Alvorada Brasil.

Mostras Paralelas

O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apresenta uma programação diversificada através de suas mostras paralelas. A Mostra Caleidoscópio exibe cinco longas-metragens que desafiam convenções de gênero cinematográfico, transitando entre ficção, não ficção, experimental e animação, com filmes oriundos de cinco estados brasileiros.
A Mostra Festival dos Festivais, tradicional no evento, reúne cinco trabalhos de não-ficção premiados em importantes eventos em 2025, como a Mostra de Tiradentes, o Panorama Coisa de Cinema, o CachoeiraDoc, o In-Edit e o Olhar de Cinema, apresentando uma variedade de formatos, do autorretrato ao retrato biográfico.
Inédita, a Mostra Coletivas Identidades apresenta três trabalhos urgentes que provocam discussões sobre questões sociais prementes, como conflitos territoriais e religiosos, no Brasil e no mundo. E a Mostra História(s) do Cinema Brasileiro traz um panorama do passado e do presente nosso cinema, com três longas que não apenas registram gerações decisivas de cineastas brasileiros, como buscam traçar novas propostas dessa história.
Para marcar o aniversário histórico de 60 anos do Festival no ano de 2025, serão exibidos dois longas da Semana do Cinema Brasileiro, evento que deu origem ao Festival de Brasília, em 1965: São Paulo S/A (em nova cópia 4K) e A Falecida, que premiou Fernanda Montenegro. Além disso, haverá uma sessão especial com três curtas de Kleber Mendonça Filho já exibidos em anos anteriores do festival.

Quatro Meninas
Quatro Meninas – 58º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Sessões Especiais

Fora das mostras, o Cine Brasília recebe sessões especiais que homenageiam personalidades e obras fundamentais. A programação inclui retratos de artistas como Cacá Diegues e Sérgio Mamberti, uma revisitação do trabalho da Caravana Farkas e o mais recente filme de Lúcia Murat, homenageada com o Prêmio Leila Diniz nesta edição.
Será prestada uma homenagem especial ao crítico e cineasta Jean-Claude Bernardet, que deixou saudades neste ano, com a exibição de quatro de seus curtas-metragens realizados em parceria com o cineasta Fábio Rogério.
Outra sessão especial celebrará o cinema brasiliense, com um curta que completa 25 anos de sua estreia no festival e o longa inédito da cineasta local Cibele Amaral, que reflete sobre o fazer cinematográfico e o futuro da sociedade.
Também serão exibidos três filmes brasileiros clássicos que recentemente passaram por trabalhos de restauro, digitalização e novas cópias, entre eles Terceiro Milênio, de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer.

Os Homenageados

O primeiro Troféu Candango será entregue nesta ocasião à grande homenageada do Festival de Brasília de 2025, que será agraciada com o prêmio pelo Conjunto da Obra, a veterana e premiada atriz Fernanda Montenegro. A atriz participou da primeira edição do Festival, ainda chamado de Semana do Cinema Brasileiro, e recebeu o primeiro prêmio de Melhor Atriz na ocasião com o filme A Falecida. Ao longo desses 60 anos de Festival, a atriz teve mais de 15 participações no festival, ressaltando sua atuação expressiva no Cinema Nacional.
O Troféu Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV) de 2025 será entregue para o premiado ator brasiliense Chico Sant’Anna, que tem mais de 40 anos de carreira dedicados ao teatro e ao cinema.
O Prêmio Leila Diniz vai ser dedicado à cineasta Lúcia Murat como gesto de reconhecimento por sua trajetória no cinema brasileiro.
A Medalha Paulo Emílio Salles Gomes será dedicada à pesquisadora acadêmica brasileira Ivana Bentes. Esta homenagem é concedida anualmente a figuras com trajetórias reconhecidas e consolidadas no âmbito de atividades que Paulo Emílio, criador do Festival, exerceu de forma marcante: a crítica, a preservação, o pensamento e o ensino de cinema.

Ambiente de Mercado

Além de oficinas e exibições de mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília confirma a realização da sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com participação de players do setor do audiovisual nacional e internacional.

Também estará de volta a Conferência Nacional do Audiovisual, que foi um fórum importante retomado pelo festival no ano passado, no qual o público poderá participar de debates centrais para o desenvolvimento de políticas públicas para o audiovisual brasileiro.

Mostra Competitiva Nacional – LONGAS

Morte e Vida Madalena, de Guto Parente (CE)
Xingu à Margem, de Wallace Nogueira e Arlete Juruna (BA)
Quatro Meninas, de Karen Suzane (RJ)
Corpo da Paz, de Torquato Joel (PB)
Aqui Não Entra Luz, de Karol Maia (MG)
Assalto à Brasileira, de José Eduardo Belmonte (SP)
Futuro Futuro, de Davi Pretto (RS)

Mostra Competitiva Nacional – CURTAS

Logos, de Britney (RS)
Safo, de Rosana Urbes (SP)
Dança dos Vagalumes, de Maikon Nery (PR)
Faísca, de Bárbara Matias Kariri (AC)
Laudelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini (RJ)
Boi de Salto, de Tássia Araújo (PI)
Couraça, de Susan Kalik e Daniel Arcades (BA)
A Pele do Ouro, de Marcela Ulhoa e Yare Perdomo (RR)
Cantô Meu Alvará, de Marcelo Lin (MG)
Ajude Os Menor, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)
Replika, de Piratá Waurá e Heloisa Passos (MT)
Fogo Abismo, de Roni Sousa (DF)

MOSTRA BRASÍLIA – LONGAS
Vozes e Vãos, de Edileuza Penha de Souza & Edymara Diniz
Mil Luas, de Carina Bini
Maré Viva Maré Morta, de Claudia Daibert
A Última Noite da Rádio, de Augusto Borges
Menino Quem Foi Seu Mestre?, de Rafael Ribeiro Gontijo e Sandra Bernardes

MOSTRA BRASÍLIA – CURTAS
Notas Sobre a Identidade, de Marisa Arraes
Dizer Algo Sobre Estar Aqui, de Vaga-mundo: poéticas nômades
O Bicho Que Eu Tinha Medo, de Jhonatan Luiz
A Brasiliense, de Gabmeta
O Fazedor de Mirantes, de Betânia Victor e Lucas Franzoni
Rainha, de Raul de Lima
Terra, de Leo Bello
Dois Turnos, de Pedro Leitão
Três, de Lila Foster
O Cheiro do Seu Cabelo, de Clara Maria Matos
Rocha: Substantivo Feminino, de Larissa Corino e Patrícia Meschick

MOSTRA CALEIDOSCÓPIO
Nosferatu, de Cristiano Burlan
Palco Cama, de Jura Capela
Atravessa Minha Carne, de Marcela Borela
Uma Baleia Pode Ser Dilacerada Como Uma Escola de Samba, de Marina Meliande, de Felipe M. Bragança
Nimuendajú, de Tania Anaya

MOSTRA FESTIVAL DOS FESTIVAIS
Cais, de Safira Moreira
A Mulher Sem Chão, de Auritha Tabajara e Débora McDowell
Vasta Natureza de Minha Mãe, de Aristótelis Tothi e Inez dos Santos
As Travessias de Letieres Leite, de Iris de Oliveira e Day Sena

MOSTRA COLETIVAS IDENTIDADES
Pau d’Arco, de Ana Aranha
Notas Sobre um Desterro, de Gustavo Castro
A Voz de Deus, de Miguel Antunes Ramos

MOSTRA HISTÓRIA(S) DO CINEMA BRASILEIRO
Relâmpagos de Críticas Murmúrios de Metafísicas, de Julio Bressane e Rodrigo Lima
Os Ruminantes, de Tarsila Araújo e Marcelo Mello
Anti-heróis do Udigrudi Baiano, de Henrique Dantas

SESSÕES ESPECIAIS
Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil, de Evaldo Mocarzel
Para Vigo Me Voy, de Lírio Ferreira e Karen Harley
O Nordeste sob a Caravana Farkas, de Arthur Lins e André Moura Lopes
Hora do Recreio, de Lúcia Murat (Prêmio Leila Diniz)
Ontem, Hoje e Amanhã e O Cego Estrangeiro, de Marcius Barbieri
O Socorro Não Virá, de Cibele Amaral

60 ANOS DO FESTIVAL DE BRASÍLIA
São Paulo SA, de Luiz Sérgio Person
A Falecida, de Leon Hirszman
Vinil Verde; Noite de Sexta Manhã de Sábado; e Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho

CLÁSSICOS BRASILEIROS
Terceiro Milênio, de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer
A Lenda de Ubirajara, de André Luiz Oliveira
Viramundo, Geraldo Sarno; Nossa Escola de Samba, Manuel Horacio Giménez; Hermeto, Campeão, de Thomaz Farkas

HOMENAGEM A JEAN-CLAUDE BERNARDET
Mensagem de Sergipe
O Homem do Fluxo
Vim e Irei como uma Profecia
Homenagem a Kiarostami

FESTIVALZINHO
Quando A Gente Menina Cresce, de Neli Mombelli
Hacker Leonilia, de Gustavo Fontele Dourado
Notícias da Lua, de Sérgio Azevedo
A História de Ayana, de Cristiana Giustino e Luana Dias
Seu Vô e a Baleia, de Mariana Elisabetsky
Baú, de Matheus Seabra e Vinicius Romadel

SERVIÇO
58º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Confira a programação, CLIQUE AQUI!
https://festcinebrasilia.com.br/programacao-geral/

Data: 12 a 20 de setembro de 2025
Locais: Cine Brasília (106/107 Sul), Complexo Cultural de Planaltina, Sescs Gama e Ceilândia
Mais informações: festcinebrasilia.com.br

Colaborando com a RAIZ