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Emanoel Araujo em Embates Construtivos no Farol Santander

Colaborando com a RAIZ

A exposição Emanoel Araújo – Embates Construtivos celebra a trajetória e o legado de um dos maiores artistas e curadores do Brasil.

A exposição conta com mais de setenta obras do artista englobando grande parte de sua sua carreira. A arte de Emanoel estabelece diálogo com matrizes africanas e com o modernismo, estabelecendo uma linguagem própria, marcada por rigor formal, lirismo e ancestralidade. Emanoel construiu uma linguagem que une o passado e o futuro, o individual e o coletivo. A mostra revela a potência de um criador que transformou a arte em instrumento de memória, resistência e construção cultural.

A mostra, instalada na galeria do 24º andar do centro cultural, apresenta xilogravuras, serigrafias, cartazes, esculturas e peças inéditas, provenientes de acervos institucionais e coleções particulares, incluindo a Coleção Santander Brasil. São esculturas, pinturas, relevos e gravuras – entre xilogravuras e serigrafias – que evidenciam a maneira como o artista combinou abstração geométrica e simbologia afro-brasileira, tendo sido uma das vozes mais atuantes na defesa e promoção da arte e memória afro-brasileira.

Lua Morales - Divulgação
Lua Morales – Divulgação

Com curadoria de Fábio Magalhães e expografia de Haron Cohen, a exposição faz um percurso retrospectivo pela obra multifacetada de Emanoel Araújo, as obras foram reunidas de acervos institucionais e coleções particulares, incluindo a Coleção Santander Brasil, para mostrar a produção multifacetada do artista falecido no ano de 2022.

Entre os destaques estão a escultura sem título em madeira policromada, da década de 1990, pertencente à Coleção Santander, a obra Homenagem à Louise Nevelson (1998), da Pinacoteca, além da série de gravuras Bahia e do conjunto de esculturas em madeira Navio, que representa a fase contemporânea do artista.

As esculturas, gravuras, relevos e pinturas reunidos no Farol Santander São Paulo evidenciam a maneira como o artista combinou abstração geométrica e simbologia afro-brasileira, criando um vocabulário visual em que o ritmo, o volume e a cor adquirem significados espirituais e poéticos.

Série Bahia - Lua Morales - Divulgação
Série Bahia – Lua Morales – Divulgação

A série de esculturas em madeira intitulada “Navio”, composta por quatro obras, representa a fase final e contemporânea do trabalho do artista. Já o conjunto de gravuras “Bahia”, contemplam o primeiro período das criações de Emanoel Araujo, entre as décadas de 1960 e 1970, buscando sempre evidenciar e protagonizar as memórias de suas origens.

Emanoel Araújo sempre acreditou que o Brasil não apenas recebeu muito de sua cultura pela a África, como também retribuiu com autonomia. O artista abriu as portas para que os artistas negros e suas artes pudessem existir com dignidade, memória e potência.

A mostra permanece aberta até 22 de fevereiro de 2026.

Emanoel Araujo - reprodução Instagram
Emanoel Araujo – reprodução Instagram

Emanoel Araújo

Nascido em 1940, em Santo Amaro da Purificação (BA), Emanoel Araújo construiu uma carreira de mais de seis décadas entre a arte, a preservação da memória e a gestão cultural. Fundou o Museu Afro Brasil em 2004, instituição referência na preservação, pesquisa e difusão do patrimônio afro-brasileiro. Sua trajetória inclui participações em bienais, prêmios internacionais e exposições em grandes museus brasileiros e estrangeiros.

Serviço

Exposição Emanoel Araújo – embates construtivos
De 07.11.2025 a 22.02.2026
Entrada para visitação, mediante a compra de ingressos, até às 19h, podendo permanecer até às 20h.
Terça a domingo, das 09h às 20h.
24º andar
Ingressos: R$ 45,00 inteira e R$ 22,50 meia

Colaborando com a RAIZ