Afrofuturismo e oralidade ganham espaço na Bienal Mineira do Livro
Com o tema “Viver é plural. Ler é plural”, a Bienal Mineira do Livro 2025 realizada de 3 a 10 de maio no Centerminas Expo em Belo Horizonte. Homenageia João Guimarães Rosa, mestre da experimentação linguística e da pluralidade narrativa.
Serão mais de 300 autores convidados, centenas de lançamentos, oficinas, mesas e experiências que atravessam o universo do livro e da leitura.
Na Bienal Mineira do Livro 2025, o futuro negro não é uma utopia distante — é um presente em disputa. Combinando memória, tecnologia e insurgência estética, o afrofuturismo será tema da mesa “Afrofuturismo: ficção científica no presente”, que acontece na sexta-feira, 9 de maio, das 14h30 às 15h30, na Arena Rosiana.
Ale Santos será entrevistado por Guilherme Leite em mesa com mediação de Léo Gonçalves, no dia 9 de maio.
No centro da conversa está Ale Santos, um dos principais nomes do afrofuturismo brasileiro, autor dos livros Rastros de Resistência e O Último Ancestral. Ele será entrevistado pelo jornalista e pesquisador Guilherme Leite, com mediação do poeta, ensaísta e tradutor Léo Gonçalves. O encontro coloca em pauta a ficção especulativa como prática de reinvenção histórica, crítica social e imaginário coletivo.
Ale Santos é mais do que um autor de sucesso: é referência em narrativa afrofuturista no Brasil e no exterior. Finalista do Prêmio Jabuti e do CCXP Awards, foi citado pela Science Fiction Research Association como o autor mais popular da nova geração de escritores afrofuturistas. Em 2023, escreveu o roteiro de La Bestia para Assassin’s Creed: Visionaries, projeto da Ubisoft que explora narrativas negras no universo da ficção histórica e tecnológica.
Guilherme Leite, que conduz a entrevista, é jornalista cultural, mestre em Comunicação e pesquisador das interfaces entre raça, mídia e produção literária contemporânea. Sua atuação no campo da crítica e da mediação literária garante à conversa o tom necessário de escuta, provocação e aprofundamento.
A mediação será de Léo Gonçalves, autor de sólida trajetória na cena poética e periférica brasileira. Léo não apenas acompanha de perto os desdobramentos do afrofuturismo como também atua na articulação de espaços de produção e circulação da literatura negra e decolonial. Sua presença reforça o compromisso da curadoria da Bienal com uma escuta crítica, qualificada e comprometida com os territórios de onde essa literatura emerge.

Sobre a Bienal
O evento é uma realização da Câmara Mineira do Livro, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
Para conferir a programação completa da Bienal, acesse: www.bienalmineiradolivro.com.br
Sobre o Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Pelo quarto ano consecutivo é o maior apoiador da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.
Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do país com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está.
Visite: institutoculturalvale.org
Serviço
Bienal Mineira do Livro 2025
Data: 3 a 10 de maio
Local: Centerminas Expo – Belo Horizonte (MG)
Ingressos: R$ 10 (meia) | R$ 20 (inteira)
Mais informações: www.bienalmineiradolivro.com.br