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O futebol na literatura em acesso digital livre

Colaborando com a RAIZ

BiblioSP Digital destaca livros que exploram o universo do Futebol na Literatura. As obras disponíveis na plataforma mostram como o esporte inspira narrativas, memórias e reflexões sociais. Nela podemos encontrar grandes autores escrevendo sobre o futebol como: Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, Nelson Rodrigues, Ruy Castro, entre outros.

Destaque do acervo temático da BiblioSP Digital interliga duas grandes paixões brasileiras: a literatura e o futebol. Os títulos abordam o esporte não apenas como competição, mas como fenômeno cultural e social, explorando suas histórias, personagens e impactos na sociedade. Por meio da palavra escrita, o futebol ganha novos significados, revelando-se também como tema fértil para a literatura. Afinal, se o Brasil é conhecido mundialmente como o país do futebol, por que não também como o país da literatura?

Dentre as obras disponíveis que unem literatura ao futebol, destaca-se “Quando é dia de futebol” do renomado escritor Carlos Drummond de Andrade, onde reúne contos, crônicas e poemas escritos entre 1954 e 1986, com foco no futebol e seus múltiplos aspectos. A obra explora o esporte como manifestação popular, metáfora da vida e elementos da cultura brasileira, além de abordar temas como política, carnaval e a própria relação do autor com o futebol.

BiblioSP Digital - divulgação
BiblioSP Digital – divulgação

Outra obra que se destaca para aqueles que possuem interesse em mergulhar ao fundo no futebol é “A história do futebol para quem tem pressa” de Márcio Trevisan. O escritor faz uma contextualização cronológica onde guia o leitor desde o nascimento do futebol até a conjuntura do esporte nos dias de hoje. Passando por tudo de épico que já aconteceu e também pincelando as dificuldades que essa modalidade esportiva precisou ultrapassar para sobreviver e firmar seu lugar como o esporte mais amado do mundo. Até mesmo as suas controvérsias: há quem diga que foram os britânicos que fundaram o futebol, outros afirmam que foram os chineses, e tem até outros que citam que os Maias inventaram a bola no chão. O livro caminha com muita habilidade por todas essas possíveis verdades e que no final todas são de muito valor para entendermos como começou essa paixão mundial.

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Indo além dos 90 minutos, o livro “Sócrates: a história e as histórias do jogador mais original do futebol brasileiro” de Tom Cardoso, conta de forma intensa a história fora dos gramados do ídolo do Corinthians, capitão da mítica Seleção da Copa de 82, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. O futebol era pequeno demais para a grandeza de suas ideias, e ele se engajou intensamente na vida pública do país. Idealista e rebelde, o meio-campista genial que desafiava as autoridades e incomodava os cartolas carregava no nome a paixão pelo Brasil, que se viu refletida na participação ativa na campanha das “Diretas Já”. Formado em Medicina, foi, ao lado de nomes como Wladimir e Casagrande, um dos líderes da Democracia Corintiana, movimento com repercussões políticas, esportivas, sociais e culturais.

Para complementar este assunto, o livro “Democracia corintiana a utopia em jogo” de Ricardo Gozzi e Sócrates, mostra o movimento da Democracia Corinthiana surgido no início dos anos 1980, quando jogadores do Corinthians passaram a decidir coletivamente os rumos do time, rompendo com a hierarquia tradicional do futebol. Liderado por Sócrates, o grupo defendia a participação, o diálogo e a liberdade dentro e fora de campo, em sintonia com o contexto da redemocratização do Brasil. A obra mostra como o esporte se tornou símbolo de resistência política e um exemplo de gestão democrática no ambiente esportivo.

BiblioSP Digital - divulgação
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Além desses destaques, cabe ressaltar principalmente as obras “1958: Como Ganhamos a Copa na Suécia”, de Fernando Rêgo Barros, e “Somos o Brasil”, de Nelson Rodrigues. A primeira reconstrói, com riqueza de detalhes e acesso aos bastidores, a campanha vitoriosa da Seleção Brasileira em sua primeira conquista mundial, destacando os personagens, os jogos decisivos e o impacto daquela vitória para a autoestima nacional. Já a segunda reúne crônicas de Nelson Rodrigues que exaltam o futebol como espelho da alma brasileira, tratando o esporte com lirismo, paixão e intensidade, e revelando como ele se entrelaça com a identidade cultural do país.

BiblioSP Digital - divulgação
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Por fim, a indicação se completa com o livro “O Planeta Neymar: Um Perfil”, de Paulo Vinícius Coelho, onde o autor traça um panorama da trajetória de Neymar desde sua infância até a ascensão como um dos principais nomes do futebol mundial. A obra vai além dos feitos dentro de campo e apresenta um perfil jornalístico que analisa a imagem pública do jogador, seus impactos na cultura esportiva global e as contradições que cercam sua carreira. Com uma linguagem acessível e crítica, o livro convida o leitor a refletir sobre o fenômeno midiático e esportivo que Neymar se tornou.

Biblioteca Amadeu Amaral se destaca com acervo físico sobre futebol

Localizada na zona sul de São Paulo, a Biblioteca Amadeu Amaral é um verdadeiro ponto de encontro para os apaixonados pelo esporte mais popular do país. Com um acervo físico que reúne mais de 70 títulos dedicados ao futebol, o espaço oferece desde biografias de grandes craques e histórias de clubes até análises táticas e registros de momentos marcantes da modalidade. É um convite para mergulhar nas páginas que contam, em detalhes, a paixão que move torcidas e constrói memórias pelo Brasil e pelo mundo.

Entre alguns títulos que se destacam entre as biografias estão “Liderança”, de Alex Ferguson, “Ronaldo: Glória e drama no futebol globalizado”, de Jorge Caldeira, e “Estrela Solitária – Um Brasileiro Chamado Garrincha”, de Ruy Castro. Essas obras abordam temas diversos, que vão desde a trajetória de grandes personalidades do esporte até reflexões sobre liderança, superação, paixão pelo futebol e o impacto cultural que esses ídolos exerceram dentro e fora dos campos.

Já entre os livros de cunho histórico, destacam-se “Todas as Copas do Mundo”, de Orlando Duarte, “Os Arquivos dos Campeonatos Brasileiros”, de José Renato Sátiro, e “Contos Paulistanos”, de Antônio de Alcântara Machado. Essas obras exploram aspectos marcantes da história do futebol, resgatando memórias de competições, registros de partidas memoráveis e retratos culturais que mostram como o esporte se entrelaça com a identidade e o cotidiano brasileiro.

Por fim, o acervo da biblioteca se amplia ainda mais com títulos infantis dedicados ao universo do futebol. Entre eles estão “A Grande Virada”, de Raul Drewnick, “Jogo Sujo”, de Marcelo Duarte, “O Pênalti”, de Geni Guimarães, “Desprezados F.C”, de Júlio Emílio Braz, “A Bola e o Goleiro”, de Jorge Amado, “Pelé: Por Amor ao Futebol”, de Frank Morrison, e “Uma História de Futebol”, de José Roberto Torero, este último com destaque especial na biblioteca por estar disponível em edição em braille e com fonte ampliada, garantindo acessibilidade a diferentes públicos. Todas essas obras trazem a temática infantil e exploram, de forma lúdica e inspiradora, o melhor do futebol, incentivando o gosto pela leitura desde cedo e mostrando que o esporte também pode ser contado como história.

Essas são apenas algumas das obras de cunho histórico, infantil e biográfico que fazem parte do acervo. A biblioteca conta com muitos outros títulos que celebram o futebol em suas mais diversas formas, prontos para serem descobertos pelos leitores.


A BiblioSP Digital — plataforma online do Sistema Municipal de Bibliotecas (SMB) — promove o acesso democrático à leitura e reúne mais de 17 mil títulos, entre literatura brasileira e estrangeira, atlas, obras acadêmicas, histórias em quadrinhos e outros gêneros e subgêneros. Consulte online os acervos da biblioteca da cidade aqui: https://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/

A programação completa das bibliotecas de bairro e dos bosques e pontos de leitura, além de outras novidades e avisos, você encontra no site da CSMB e em nossa redes social. Informações gerais estão disponíveis nas redes sociais e no site da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Consulte online os acervos da biblioteca da cidade aqui: https://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/


Sobre a Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB)

A Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB) é um núcleo filiado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa da cidade de São Paulo, responsável direta pela administração de 84 equipamentos culturais ao redor da cidade, incluindo 54 bibliotecas de bairro – além da Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato e as bibliotecas Jayme Cortez e José Paulo Paes dentro dos Centros Culturais da Juventude e Penha, respectivamente – e 29 Serviços de Extensão estabelecidas em praças e parques por meio dos Pontos e Bosques de Leitura. Tendo origem desde a década de 30 como Divisão de Bibliotecas do Departamento de Cultura e reajustada como CSMB desde 2007, tem como objetivo integrar todas as bibliotecas públicas municipais e tornar mais eficiente o desenvolvimento de suas políticas, serviços e estrutura informacional. A fim de promover iniciativas que atendam às necessidades de prover amplo acesso à informação, cultura, leitura e produção de conhecimento, a Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas promove em seus espaços cursos, oficinas e atrações artísticas mensais e gratuitas para todos os públicos – por meio de programas como “Biblioteca Viva”, “Feira de Trocas de Livros”, “Pegue, Leve e Leia”, “Bibliotecas Temáticas” – e o primeiro serviço de streaming gratuito de leitura – o BiblioSP, que conta com mais de 17 mil livros para leitura online e download.

Sobre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa

A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMC) de São Paulo, fundada em 1935 como Departamento de Cultura e Recreação, promove a cultura e impulsiona a economia criativa da cidade. Com mais de 90 anos de atuação, valoriza a diversidade cultural, preserva patrimônios e forma profissionais para a indústria criativa. Com uma rede abrangente, a SMC administra 13 Centros Culturais, 7 Teatros Municipais, 20 Casas de Cultura, além da Casa de Cultura Cidade Ademar, que será inaugurada em 2025, 2 museus (sendo o Museu da Cidade de São Paulo – composto de 13 unidades – e o Museu das Culturas Brasileiras em fase de obras), 54 Bibliotecas de Bairro, 15 Pontos de Leitura e 15 Bosques de Leitura, 6 EMIAs (Escolas Municipais de Iniciação Artística) e 3 unidades da Rede Daora – Estúdios Criativos das Juventudes. A SMC ainda atende 104 equipamentos de cultura e CEUs por meio do PIAPI (Programa de Iniciação Artística para a Primeira Infância), PIÁ (Programa de Iniciação Artística) e Programa Vocacional.

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