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Plano Piloto de Brasília faz 60 anos

Colaborando com a RAIZ

Estamos comemorando em 2017, 60 anos da escolha do projeto do Plano Piloto de Brasília pelo arquiteto, urbanista e professor Lucio Marçal Ferreira Ribeiro Lima Costa, ou simplesmente Lucio Costa (27/02/1902, Toulon/França a 13/06/1998, RJ/RJ). Foi no dia 16 de março de 1957, que a banca responsável por escolher o plano arquitetônico de Brasília assinou o documento que autorizava a sua execução.

Concorreram 26 projetos de renomados arquitetos brasileiros da época, como Nei da Rocha e Silva, M.MM. Roberto, Henrique Mindlin, Paulo Camargo e a firma Construtec. A proposta apresentada por Lucio Costa desbancou todos, curiosamente sendo o último projeto a ser entregue. A proposta de Lucio Costa era composta por 20 páginas datilografadas, num desenho que buscava a monumentalidade como expressão.

O júri, presidido pelo presidente da NOVACAP (Companhia Urbanizadora da Nova Capital, estatal do Distrito Federal), foi integrado por dois representantes da companhia, um do Instituto dos Arquitetos do Brasil, um do Clube de Engenharia; também por autoridades internacionais, como Sir William Holford, assessor de Urbanismo do Governo Britânico e planificador da capital da Rodésia; André Sive, da França; e Stamo Papadaki, da Universidade de Nova Iorque.

O projeto de Lucio Costa, segundo ele, nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz. Depois cotemplou a adaptação à topografia local, ao escoamento natural das águas, à melhor orientação, arqueando-se um dos eixos a fim de contê-lo no triângulo eqüilátero que define a área urbanizada. E o propósito de aplicar princípios franceses de técnica rodoviária, com a eliminação dos cruzamentos, conferindo-se ao eixo arqueado, correspondente às vias naturais de acesso, a função circulatória tronco, com pistas centrais de velocidade e pistas laterais para o tráfego local e dispondo-se ao longo desse eixo o grosso dos setores residenciais.

 

 

Depois de 60 anos, Brasília é Patrimônio da Humanidade, imprimiu uma imagem moderna e avançada do Brasil, e tem em seus criadores, Lucio Costa e Oscar Niemeyer, arquitetos renomados em todo mundo. Baseado nos princípios da Carta de Atenas – documento com forte influência francesa, notadamente do arquiteto Le Corbusier, que propunha uma “cidade funcional” – a capital do país se tropicalizou nas formas e no uso.

Colaborando com a RAIZ