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Fotografia e violência política no Brasil 1889-1964

Colaborando com a RAIZ

Conflitos: fotografia e violência política no Brasil 1889-1964 contradiz a imagem do Brasil como país pacífico e oferece um olhar sobre a história nacional que colabora na compreensão da atual crise política. Com curadoria de Heloisa Espada, a exposição apresenta 338 imagens e fica em cartaz no IMS Rio de 25 de novembro de 2017 a 25 de fevereiro de 2018.

Com um panorama de imagens de guerras civis, revoltas e outros episódios de confronto envolvendo o Estado brasileiro, Conflitos aborda o papel das imagens fotográficas nesses eventos, seu uso político e suas formas de circulação. São trabalhos de autores conhecidos, como Juan Gutierrez e Flávio de Barros, e de inúmeros anônimos, amadores ou profissionais, nos mais diversos suportes, montando um painel heterogêneo sobre as práticas fotográficas no Brasil. Em 2018, a exposição irá para o IMS Paulista.

A exposição procura mostrar como as fotografias cumpriram o papel de arma na disputa por opiniões, ao mesmo tempo que apresenta um panorama heterogêneo do percurso da imagem documental ao longo de 75 anos. Foram reunidas cópias em papel de albumina, típicas do fim do século xix, imagens projetadas, impressas sobre vidro, estereoscópios, álbuns, cartões-postais, cinejornais, impressões em papel de gelatina de prata que pertenceram à redação de jornais e imagens em movimento, originalmente captadas em 16 mm.

 

Augusto Malta. Revolta Naval (Chibata): Gregório do Nascimento e André Avelino, marinheiros amotinados. Rio de Janeiro, 26.11.1910. Fotografia/papel, gelatina/prata, 17 x 23 cm. Fundação Museu da Imagem e do Som – FMIS/RJ

 

Fotografia e história nem sempre andam juntas. As imagens de conflitos falam também daquilo que lhes falta, e conservam ao mesmo tempo o potencial de sempre revelar algo novo. O recorte vai do retrato posado de um grupo prestes a degolar o prisioneiro inimigo na Revolução Federalista, em 1894, ao depoimento do político comunista Gregório Bezerra sobre a violência a que foi submetido nas ruas do Recife, em 1964. No segundo caso, a brutalidade do que é narrado dispensa imagens. Seu testemunho é pessoal, parcial e politicamente comprometido, como, ademais, cada fotografia desta mostra.

 

Claro Jansson. Guerra do Contestado: Vaqueanos da Serraria Lumber. Três Barras, SC, 1915. Gelatina/prata. Coleção Jandira Jansson

 

Os momentos retratados na exposição Conflitos: fotografia e violência política no Brasil 1889-1964 são:

1893-1895 Revolução Federalista
1893-1894 Revolta da Armada
1896-1897 Guerra de Canudos
1910 Revolta Naval (Chibata)
1912-1916 Guerra do Contestado
Revolução Gaúcha de 1923
Revolução de 1924
1925-1927 Coluna Miguel Costa-Prestes
Revolução de 1930
Guerra Civil de 1932
c. 1920-1938 Banditismo social cangaceiro
1935 Insurreição Comunista
1957 Levante dos Colonos
1954 Motins pós-suicídio de Vargas
1956 Revolta de Jacareacanga
1959 Insurreição de Aragarças
1961 Campanha da Legalidade
1964 Golpe de Estado

 

Veja a galeria com algumas imagens da exposição Conflitos: fotografia e violência política no Brasil 1889-1964.

 

 

Vídeo da exposição Conflitos: fotografia e violência política no Brasil 1889-1964.

A exposição nas palavras da historiadora Angela de Castro Gomes

 

SERVIÇO

Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
CEP 22451-040 – Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 3284-7400
Horário de visitação: de terça a domingo e feriados (exceto segunda), das 11h às 20h

 

São Paulo
Avenida Paulista, 2424
CEP 01310-300 – São Paulo/SP
Tel.: (11) 2842-9120
Horário de visitação: de terça a domingo e feriados, das 10h às 20h; quintas, das 10h às 22h

 

Colaborando com a RAIZ