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Companhia de Teatro Heliópolis lança livro de seus 20 anos

Colaborando com a RAIZ

A Cia de Teatro Heliópolis conta em livro a sua trajetória de duas décadas pelo Itaú Cultural

As comemorações dos 20 anos de fundação da Companhia de Teatro Heliópolis celebra tanto a trajetória quanto o momento atual do grupo. Com o lançamento do livro Giras Épico-Poéticas nas Obras-Quilombola, em Processos de Empoderamento – e não apenas – Negro, da Companhia de Teatro Heliópolis: 20 Anos de Belezas e/em Lutas. O grupo completou duas décadas de existência em 2020, mas, devido à pandemia, comemora neste ano junto ao público (mais abaixo, o serviço completo das atividades).

Força feminina

A noite abre tendo no palco da Sala Itaú Cultural a atriz Dalma Régia, atriz e fundadora da Companhia de Teatro Heliópolis, apresentando um trecho de CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos. Com encenação de Miguel Rocha e texto de Dione Carlos, a trama parte da história das irmãs gêmeas Maria dos Prazeres e Maria das Dores. Ela trata das estratégias de sobrevivência de mulheres – em especial em suas comunidades – que, como elas, têm suas vidas marcadas pelo encarceramento de um integrante da família.

Trazendo no título uma referência à força feminina, que transmuta as energias de violência e morte para reinventar a realidade, o espetáculo coloca no centro dessa abordagem mães, esposas, companheiras e irmãs. Todas carregam o peso e os desdobramentos do encarceramento, emocionais, físicos ou financeiros. A montagem acaba por refletir o isolamento social desde o início da pandemia em 2020 e suas consequências.

Jefferson M e David G em foto de Weslei Barba - Divulgação
Jefferson M e David G em foto de Weslei Barba – Divulgação

O que diz o autor

O autor do livro Alexandre Mate, mestre em teatro e doutor em história social.
“Por um lado, o livro trata de uma narrativa que, por diversas abordagens, apresenta a história de sujeitos que montaram obras tão essenciais”, observa Mate. “Por outro, traz as singularidades de pessoas e artistas excepcionais, gente-ícone e alegorias das ancestralidades que enfrentam tudo”, completa.

Para ele, acompanhar a obra e percebê-la em suas minúcias significa ir ao encontro dos antepassados, que lutaram todo o tempo e de modos tão diversos, para ser e existir em plenitude. “Adoro e admiro muito essa gente artista da Companhia de Teatro Heliópolis.”

Sobre a Companhia de Teatro Heliópolis

A Companhia de Teatro Heliópolis foi criada no ano 2000, com o objetivo de ampliar o universo cultural e artístico da comunidade. Desde então, pesquisa a violência e suas reverberações, tema que afeta os membros do coletivo que moram na favela homônima e que, em alguma medida, tem relação intrínseca com este território. Esse levantamento tem sido realizado de forma colaborativa, permeado por múltiplas vozes e fundamentado em diversos expedientes do teatro experimental e igualmente do épico, tomado basicamente como chão histórico, a fim de incluir as mentalidades e os modos de vida de homens e mulheres que ainda não figuram na história, tanto social como esteticamente.

Giras Épico-Poéticas nas Obras-Quilombola, em Processos de Empoderamento – e não apenas – Negro, da Companhia de Teatro Heliópolis: 20 Anos de Belezas e/em Lutas
Giras Épico-Poéticas nas Obras-Quilombola, em Processos de Empoderamento – e não apenas – Negro, da Companhia de Teatro Heliópolis: 20 Anos de Belezas e/em Lutas

SERVIÇO

Livro: Giras Épico-Poéticas nas Obras-Quilombola, em Processos de Empoderamento – e não apenas – Negro, da Companhia de Teatro Heliópolis: 20 Anos de Belezas e/em Lutas

Saiba mais pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br.

Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro do metrô
Tel.: 11. 2168-1777
Acesso para pessoas com deficiência física
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
www.itaucultural.org.br | Nas redes: @itaucultural

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