A Estação Primeira de Mangueira em acervo virtual
Uma parceria entre o Departamento de História (Dhis) da Uerj e a Estação Primeira de Mangueira, como símbolo da cultura popular afro-brasileira, está dando forma a um instrumento de preservação da memória e história local: o Acervo Virtual de Mangueira.
O Acervo Virtual de Mangueira está constituído em uma base de dados (Tainacan), que se apresenta como um valioso tesouro cultural, preservando e difundindo a história e as tradições de uma das maiores instituições culturais do país, a agremiação do carnaval carioca: Estação Primeira de Mangueira.
Elaborado com o apoio de uma equipe de pesquisadores do Departamento de História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) o acervo está distribuído entre fantasias, instrumentos musicais, memoriais orais, troféus e documentos históricos, que reunidos, colaboram para sistematização e salvaguarda da memória mangueirense.
Inúmeros fragmentos que ajudam a contar e celebrar um legado de quase um século de resistência. A Mangueira perpetua a sua trajetória de criatividade, pioneirismo, e de identidade afro-brasileira, colocando-se enquanto uma referência para todos aqueles interessados e pertencentes a cultura brasileira.

São várias maneiras para acessar esse acervo
Pode-se clicar em mídias específicas: Imagens, vídeos, áudios, objetos, documentos e ancestralidade matriarcal. Ou por temáticas como: Personalidades, Ancestralidade matriarcal, Eventos
Projetos Sociais, Enredos e Desfiles, Ensaios, Sambas, Ação Promocional, Clipping e Depoimentos.
O portal ainda possui filtros de data, mídia tema, etc. para facilitar ainda mais a interação com seu vasto conteúdo. Enfim, uma grande diversão aliada a uma história que marcou e marca a cultura e a identidade brasileira.
Destaque para o tema da Ancestralidade Matriarcal, afinal as mulheres mangueirenses sempre foram os pilares dessa história quase centenária. São destacadas Dona Neuma, Dona Zica, Tia Fé, Neide, Alcione, Evelyn Bastos, entre outras.
A pesquisa acadêmica foi realizada em instituições públicas, como a Biblioteca Nacional, e também com entrevistas, por meio da história oral, com foco sempre nas mulheres da Mangueira, algumas vivas, outras já falecidas.
A plataforma é aberta ao público e incentiva a contribuição coletiva.
Interessados podem enviar documentos, fotografias e relatos. “O acervo está pronto, mas é fundamental divulgá-lo, especialmente nas escolas públicas. Esse projeto pode ajudar professores a preparar aulas e estudantes a reforçar sua identidade com o território e com a cultura popular”, argumenta o professor Daniel Pinha, coordenador da pesquisa acadêmica na UERJ.
