CanaisIdentidadesLiteratura

A história da literatura de cordel no Brasil

Colaborando com a RAIZ

Ciclo dedicado às diferentes expressões e tradições que compõem a história da literatura de cordel no Brasil, que acontece no mês de agosto no Centro de Pesquisa e Formação do SESC SP. Com a participação dos mestres (a) Audálio Dantas (curador da Exposição “100 anos de Cordel”), Assis Angelo e Nireuda Longobardi.

 

PROGRAMAÇÃO

08/08 – A história do cordel no Brasil.
A palestra aborda a história do cordel no Brasil a partir do início do século 20, quando se iniciou a impressão dos primeiros folhetos de literatura popular em versos, na região nordestina. Essa história tem como figura central o poeta Leandro Gomes de Barros, cujo sesquicentenário vem sendo comemorado em todo o Brasil.
Com Audálio Dantas e Marco Haurélio.

09/08 – A cavalaria em cordel e Leandro Gomes de Barros.
A literatura de cordel guarda e transmite, entre outros aspectos, a dimensão épica, através dos folhetos do cangaço ou dos ciclos narrativos de histórias do Imperador Carlos Magno, por exemplo, passando a constituir por motivos bem concretos, um dos pilares fundadores de nossa cultura, vindo a matriciar importantes momentos da Literatura do século XX no Brasil. Neste conjunto, Leandro Gomes de Barros, um dos maiores poetas, contribuiu para a organização de um discurso narrativo, que confirma a vertente épica dos livros de cavalaria.
Com Jerusa Pires Ferreira.

10/08 – Viagem pela Cultura Popular.
Uma viagem pelos temas e rimas da literatura de cordel, um gênero literário surgido no Nordeste que dialoga com a cultura popular brasileira e revela muito de nossa identidade. De Leandro Gomes de Barros, poeta que fincou os alicerces do cordel no Brasil, à atual geração, há um longo percurso. Do Nordeste para o Brasil, do sertão à sala de aula, o cordel encanta muitos leitores há várias gerações.
Com Marco Haurélio.

11/08 – O Cego Aderaldo e as Pelejas dos Cantadores.
A mais famosa peleja entre cantadores repentistas marcou a história do cordel. “A peleja do cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum”, escrita e publicada entre 1914 e 1917, pelo piauiense Firmino Teixeira do Amaral (1896 – 1926), ainda hoje faz sucesso no sertão nordestino. Trata-se de uma cantoria “inventada”, carregada de humor e também de racismo, concebida para aproveitar a fama que o célebre cego Aderaldo desfrutava em todo o sertão.
Com Assis Ângelo.

12/08 – A Xilogravura como Ilustração do Cordel.
A xilogravura, tradicionalmente utilizada para ilustrar os folhetos de cordel, consiste no entalhe de um desenho sobre uma placa de madeira, que posteriormente recebe uma camada de tinta e é impressa sobre o papel. É uma técnica milenar de ilustração, surgida no oriente, que se popularizou no Nordeste do Brasil. Além da palestra, uma oficina demonstrará as técnicas de elaboração dos desenhos e sua impressão.
Com Nireuda Longobardi.

As inscrições pela internet podem ser realizadas até um dia antes do início da atividade. Após esse período, caso ainda haja vagas, é possível se inscrever pessoalmente em todas as unidades. Após o início da atividade não é possível realizar inscrição.

PALESTRANTES

Audálio Dantas
Jornalista, pesquisador da cultura popular e da música. É autor de Presença dos cordelistas e cantadores repentistas em São Paulo e O poeta do povo – vida e obra de Patativa de Assaré. É presidente do Instituto Memória Brasil.

Marco Haurélio
Jornalista e escritor, recebeu em 2013, o Jabuti – Livro do Ano de Não-Ficção e o Juca Pato – Intelectual do Ano (União Brasileira de Escritores), por seu livro “As duas guerras de Vlado Herzog” (Editora Civilização Brasileira).
(Foto: André Freire)

Jerusa Pires Ferreira
Poeta popular e folclorista. No campo da pesquisa em poesia popular, escreveu Breve História da Literatura de Cordel (Ed. Claridade), que integra a coleção Saber de Tudo, e Literatura de Cordel – do sertão à sala de aula (Ed. Paulus).
(Foto: Acervo Pessoal)

Nireuda Longobardi
Mestre em história social pela UFBA, doutora em sociologia pela USP. Autora de Cavalaria em Cordel, Armadilhas da Memória e Matrizes Impressas do Oral, recebeu, em 1993, o Prêmio Jabuti de Literatura.
Estudou Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes. Além de ilustrar livros e cordéis, é arte-educadora e autora de Literatura Infantil e Juvenil.

SERVIÇO

08/08/2017 a 12/08/2017
Dias e Horários

Terça a Sexta, 19h às 21h
Sábado, 15h às 17h

As inscrições podem ser feitas a partir de 25 de julho às 14h, aqui no site do Centro de Pesquisa e Formação ou nas Unidades do Sesc em São Paulo.
Local

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar
Bela Vista – São Paulo.

 

Valores

R$ 18,00 – credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes
R$ 30,00 – pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública com comprovante
R$ 60,00 – inteira

 

Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por email ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade.
centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600

 

(Ilustração: Fernando da Veiga Pessoa, Mural -JCL Science Station Cabo Branco – Oscar Niemeyer auditorium mural)

 

Colaborando com a RAIZ